Arqueologia
O Projeto Ilhas do Rio realizou, nas fases anteriores, um estudo arqueológico de prospecção de áreas de interesse com a localização de sítios arqueológicos e identificação de dados culturais sobre as populações na região do Arquipélago das Cagarras e Ilha Redonda, além da proposição de limites para preservar a Unidade de Conservação.
Em 2011, em uma expedição do projeto à Ilha Redonda, um grupo de pesquisadores se deparou com um achado inesperado! Após o difícil desembarque na ilha e um trecho de escalada em rocha de cerca de 80 metros, com inclinações até 55º, pouco antes do limite da rocha com a floresta, foi encontrado na superfície do solo um machado de pedra, em meio aos ninhais de atobás. Em seguida, mais artefatos apareceram: outro machado, uma mão de pilão, diversos “quebra-coquinhos” e dezenas de cacos de cerâmicas.
Em março de 2012, foi realizada uma segunda visita à Ilha Redonda, agora com a presença da pesquisadora Rita Scheel-Ybert, arqueóloga do Museu Nacional, permitiu o reconhecimento de um sítio arqueológico Tupiguarani. O sítio foi registrado no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Um novo estudo foi realizado entre 2013 e 2015 para examinar a extensão deste sítio arqueológico. Também investigou o uso potencial por populações pré-coloniais dos recursos das Ilhas Cagarras.
Os pesquisadores queriam entender porque os índios Tupiguarani usavam as ilhas, uma vez que chegar lá não era tão fácil. As hipóteses estão relacionadas a grande fonte de alimentos na Ilha Redonda e a eventos ritualísticos.
Com base nos fragmentos de cerâmica e pedaços de carvão amostrados na Ilha Redonda, sustentam a hipótese das origens pré-coloniais desse sítio arqueológico.
A pesquisa foi realizada entre 2011 e 2015.